Bento XVI apelou às autoridades cubanas que permitam o exercício pleno das "liberdades fundamentais" aos cubanos e condenou o embargo dos EUA à ilha. Antes de deixar Havana, o papa encontrou-se com Fidel Castro.
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No seu discurso no aeroporto de Havana, na altura da partida, o papa evocou a necessidade de Cuba "edificar uma sociedade renovada e reconciliada, com horizontes amplos" e desafiou: "Que ninguém seja impedido de participar nesta tarefa apaixonante por uma limitação das suas liberdades fundamentais".
Este apelo à liberdade foi seguido pela condenação do embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de meio século.
Por seu turno, o presidente de Cuba, Raul Castro, congratulou-se, em breves declarações no aeroporto, antes de o Papa viajar para Roma, por esta visita que decorreu "em contexto de compreensão mútua".
Antes da sua partida, Bento XVI teve "uma conversa muito animada" de 30 minutos com o ex-presidente Fidel Castro, na Nunciatura do Vaticano em Havana, segundo o porta-voz do papa, Federico Lombardi.
Algumas horas antes de se reunir com Fidel Castro, Bento XVI celebrou missa para 300 mil pessoas, na Praça da Revolução, onde defendeu o alargamento da liberdade religiosa em Cuba.