O Partido Ecologista Os Verdes exigiu, esta segunda-feira, ao Governo que apresente até ao final do verão um plano de ação na sequência da listagem dos edifícios públicos contendo amianto.
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Em comunicado, o PEV recorda que a publicação da lista dos edifícios públicos que contêm amianto nas suas instalações foi divulgada com "dois anos e meio de atraso", pedindo o partido "maior agilização" nas medidas a tomar no futuro.
O amianto é um elemento natural que foi usado durante anos na construção, até que estudos começaram a revelar que a exposição às suas fibras estava associada a doenças como o cancro do pulmão ou o tumor que afeta a pleura.
Os ecologistas indicam que, em função do estado do material em cada edifício, pode haver necessidade de remoção.
É, aliás, o estado de conservação e o tipo de material em que se insere o amianto que definem o seu potencial risco para a saúde, que pode ser comprovado por medições das fibras no ar.
"O PEV insistirá agora na exigência de conhecimento do referido plano de ação, o qual nos permitirá conhecer o estado do material com amianto em cada um dos edifícios, bem como os casos mais graves, que requerem uma intervenção mais urgente", refere o comunicado.
Para Os Verdes, é necessário saber que medidas vão ser tomadas, quando serão realizadas e por quem.
O Governo divulgou uma lista dos edifícios públicos que se presumem ter amianto, concluindo que 16% dos 12944 edifícios públicos terão este material na sua construção.
Os 16% dos edifícios que "presuntivamente contêm amianto na sua construção" vão ser agora submetidos a uma análise dos dados já recolhidos, no sentido de determinar aqueles que devem ser "apenas sujeitos a ações regulares de monitorização" e aqueles que devem "ser submetidos a novas análises no sentido ou de confirmar as informações já recolhidas ou determinar a necessidade de realizar eventuais ações corretivas", refere o documento.