A cimeira do clima reunida desde segunda-feira em Copenhaga acolheu como sinal positivo a decisão da Agência de Protecção do Ambiente dos EUA de classificar como perigosos para a saúde os gases com efeito de estufa.
Corpo do artigo
Este passo administrativo contorna a espera pela decisão do Senado sobre as emissões de CO2, o que estava a impedir Obama de apresentar à cimeira taxas de redução e um calendário mais audazes.
Esta primeira semana de trabalhos é sobretudo dedicada às negociações técnicas, o que não impede os líderes políticos e delegados de lançar propostas de redução em pingue-pongue. Em cada dia surgem declarações da China e da Índia, reclamando que não podem baixar tanto quanto os países industrializados. Ontem, também um enviado do Kremlin insistiu em que a Europa devia dar melhor exemplo, fazendo cortes mais elevados nas emissões. Entretanto, estados como o Bangladesh,dos mais afectados já pela mudança climática, reclamam "pelo menos 15%" do fundo de adaptação a custear pelos países desenvolvidos. A UE reúne os decisores nos próximos dias para combinar a sua "oferta". Gordon Brown já antecipou o que seria segredo e lança um desafio europeu de 30% para o corte de emissões.