O diretor-geral da Saúde afirmou que a primeira exposição ao surto por legionella que está a afetar o concelho de Vila Franca de Xira é anterior ao dia 18 de outubro.
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Francisco George falava durante uma sessão de esclarecimento aos trabalhadores da empresa Adubos de Portugal, em Alverca do Ribatejo, uma das empresas que, por medida de precaução, desligou a torre de refrigeração.
Nesta empresa, segundo disse o administrador da Adubos de Portugal, presente na sessão, foi registada "meia dúzia" de casos.
De acordo com Francisco George, a primeira exposição à bactéria registou-se antes do dia 18 de outubro, tendo continuado durante a segunda quinzena do mesmo mês.
O diretor geral da Saúde adiantou que foram até ao momento identificados 200 casos e que todos estão relacionados com o concelho de Vila Franca de Xira.
Alguns doentes nunca estiveram em fábricas nem em ambientes fechados e um deles foi infetado em casa, adiantou.
Francisco George disse que hoje registaram-se mais casos, embora menos do que nos dias anteriores, existindo por isso uma desaceleração do número de doentes.
O diretor geral da Saúde revelou ainda que vai ser criada uma morada de correio eletrónico para responder a dúvidas e aconselhou a ida ao hospital no caso de sintomas.
A legionella encontra-se em ambientes aquáticos naturais e também em sistemas artificiais, como redes de abastecimento e distribuição de água, redes prediais de água quente e água fria, ar condicionado e sistemas de arrefecimento (torres de refrigeração, condensadores evaporativos e humidificadores) existentes em edifícios, como hotéis, termas, centros comerciais e hospitais.
Esta bactéria pode ainda existir em fontes ornamentais e tanques recreativos, como jacuzzis.
A infeção transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
A doença do Legionário já provocou a morte de quatro pessoas, desde sábado.