Os professores vivem uma "situação asfixiante", que está a provocar o abandono precoce da profissão por parte de muitos docentes desanimados com as condições de trabalho, disse, esta sexta-feira, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
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Em declarações à Agência Lusa, o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof) comentou desta forma um estudo de acordo com o qual quase dois terços dos docentes do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário admitem estar cada vez menos motivados para o trabalho.
"Este estudo vem confirmar aquilo que andamos a dizer há algum tempo. Neste momento aquilo que se sente na sala de aula dos professores é um desânimo, é uma desmotivação estranha", apenas compensada pelo trabalho com os alunos, afirmou Mário Nogueira.
"Leva a que muitos (professores) cheguem, mais rapidamente do que seria desejável e expetável, a pontos de saturação tal que se vão embora", referiu o dirigente sindical.
Para Mário Nogueira, a prova da insatisfação é que milhares de professores, "com cortes muito grandes no cálculo das suas pensões", abandonaram precocemente a profissão.
"Não é por acaso que milhares de professores pediram a rescisão dos seus contratos. Segundo o ministério, em pouco mais de um mês, mais de 2.000" docentes, acrescentou..