O conselho de administração da RTP solidarizou-se com os trabalhadores da televisão e rádio pública grega, encerrada pelo Governo de Atenas, considerando que "reestruturar o audiovisual público não é encerrá-lo".
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"O conselho de administração da RTP considera que reestruturar o audiovisual público não é encerrá-lo. Nesse sentido, reafirma a sua determinação de prosseguir a reestruturação em curso na empresa, mas com o objetivo de tornar o serviço público de televisão e rádio mais fortes e a RTP uma empresa de referência e de prestígio no seio das suas congéneres europeias", sustenta o conselho de administração em comunicado.
Manifestando o seu "total apoio" à posição assumida pela União Europeia de Radiodifusão (UER) - da qual a televisão e rádio pública grega (ERT) e a RTP são membros fundadores e que veio já defender o serviço público como elemento central do pluralismo e da democracia europeia - a administração da RTP sustenta que "hoje é um dia triste e de luto para o serviço público de audiovisual".
O Governo grego anunciou o encerramento imediato da televisão e rádio pública, ERT, o que vai levar ao despedimento de 2.700 pessoas.
"A ERT é um caso de extraordinária falta de transparência e de incrível esbanjamento. Isso acaba agora", disse o porta-voz do Governo, Simos Kedikoglou, acrescentando que, no seu lugar, "começará a funcionar o mais rapidamente possível um organismo público, moderno, com muito menos pessoal".
As cadeias da ERT deixaram de emitir terça-feira às 23.00 horas (21.00 horas de Portugal continental) e os écrans ficaram negros, com o emissor principal, situado numa montanha perto de Atenas, a ser desativado pela polícia, segundo fonte sindical.