O polémico apresentador de Top Gear, que gerou uma onda de críticas ao usar o termo "nigger"<em></em>no programa, foi avisado pela BBC que tal não pode voltar a acontecer.
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Pode ser um dos mais populares e bem pagos apresentadores do Reino Unido, mas isso não evitou que um termo racista deixasse por um triz a carreira de Jeremy Clarkson, uma dos rostos de Top Gear, provavelmente o mais conhecido programa do mundo automóvel [por cá exibido no Discovery Channel] na BBC. O que o salvou? Os remorsos e vários pedidos de desculpa, explicou agora o diretor-geral da estação pública, Tony Hall, em entrevista ao "The Times".
O caso remonta a maio, quando o "Daily Mail" reportou que o apresentador usou a palavra "nigger" (termo pejorativo associado a pessoas de raça negra) durante as gravações de Top Gear, enquanto fazia uma rima infantil para escolher um dos dois veículos daquela emissão. Embora essas imagens não tenham chegado a ir para o ar, decisão da BBC na altura, a notícia provocou uma forte onda de críticas e acusações de racismo por parte da opinião pública e de movimentos antixenófobos.
"Tivemos longas discussões sobre esse tema. Levamos isso a sério e quisemos ter a certeza de que a equipa de Top Gear percebia a forma como pensamos. Temos que estabelecer os limites corretos. Mas nada daquilo foi exibido na TV e ele mostrou sentir sinceros remorsos. Há milhões de pessoas que sentem que o programa reflete quem eles são e os seus interesses e temos que ter muito respeito em relação a isso", disse Hall, acrescentando que na altura avisou que aquele seria "o último aviso" da BBC para Clarkson, perito em controvérsias.