O Ministério das Saúde lembrou esta quarta-feira que as sugestões de encerramento de 16 serviços de urgência são apenas propostas, e não decisões, e que cabe às administrações regionais de saúde fazer uma avaliação da situação.
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"É uma proposta e apenas uma proposta. Está a ser avaliada pelos serviços (ARS) e levará em conta autarquias e especificidades regionais e locais", refere o Ministério da Saúde, em resposta citada pela agência Lusa.
O Ministério adianta que as decisões sobre eventuais encerramentos serão aplicadas gradualmente até ao final do ano e sublinha mesmo que algumas propostas não avançarão, como o caso da despromoção da urgência do Hospital Garcia de Orta (Almada) e de Gaia.
Para a tutela, a proposta da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência apresenta sugestões para melhorar o acesso, especialmente a distância a que os cidadãos estão dos serviços.
Nove dos 16 encerramentos de urgências propostos pela comissão de reavaliação destes serviços estavam previstos manter-se no último documento elaborado no tempo do ministro socialista Correia de Campos.
A Comissão prevê o encerramento de 16 serviços de urgência classificados enquanto tal num despacho de 2008.
Contudo, os peritos lembram que dos 89 serviços classificados como de urgência, na prática, só 83 funcionavam dessa forma.
Assim, pelas contas desta comissão ficam a funcionar como urgência 73 pontos no país: 10 urgências polivalentes (as mais completas), 29 de urgência médico-cirurgica e 34 de urgência básica.