O tratamento e prestação de cuidados a toxicodependentes e alcoólicos vai sair da alçada do Instituto da Droga e da Toxicodependência para ser integrado nas administrações regionais de saúde, revelou o Ministério da Saúde.
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"As questões que têm a ver com a prestação de tratamento vão ser progressivamente integradas sob a tutela do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em geral. Ficarão muito mais próximas das ARS, sob cuja tutela passarão a trabalhar, o que nos vai permitir uma maximização de recursos humanos e não só", declarou à agência Lusa o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal da Costa.
No âmbito da reestruturação da administração central aprovada por este Governo, o Instituto da Droga e da Toxicodependência vai ser transformado numa direcção-geral -- Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD).
Segundo Leal da Costa, o SICAD manterá as competências de planeamento e estratégia de prevenção do actual IDT, mas tudo o que respeita a prestação de tratamento será integrado nas ARS.
"A nossa ideia é congregar o que são os tratamento todos dentro do mesmo chapéu. Não quer dizer que não haja circunstâncias em que precisamos de manter unidades autónomas de tratamento específico para problemas ligados ao álcool e aos toxicodependentes", referiu o governante à Lusa.
Quanto ao encerramento de estruturas ou a despedimentos de funcionários do actual IDT, Leal da Costa apenas disse que é prematuro falar sobre o assunto.
"É muito cedo para estarmos a falar em função dos efectivos. Neste momento procuramos eficiência", declarou.
Recordou ainda que o SICAD vai ter o papel de uma direcção-geral, funcionando em articulação com a Direcção-Geral da Saúde e com o Instituto Nacional de Saúde relativamente aos programas de prevenção, "mas não deixando de coordenar as respostas integradas, nomeadamente nos toxicodependentes em tratamento".