Associações de estudantes da Universidade do Porto anunciaram esta terça-feira a realização de uma manifestação em Lisboa, a 2 de abril, para contestar os cortes "cegos" do Governo no Ensino Superior.
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Citado pela agência Lusa, um dos representantes da Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da UP, Válter Cabral, frisou que a manifestação, sob o mote "Unidos contra as mentiras. Unidos pelas nossas vidas", tem por objetivo dizer "basta" às atuais políticas.
O universitário explicou que associações de estudantes do Porto e Lisboa, cinco no total, desfilarão em protesto, a 2 de abril, do Largo do Carmo até à Assembleia da República, em Lisboa.
Na preparação para a concentração, Válter Cabral avançou que a 24 de março, Dia Nacional do Estudante, as associações envolvidas também têm diferentes atividades agendadas nas faculdades.
"Queremos apelar à participação em massa dos estudantes na manifestação", disse.
O universitário revelou que há "largas dezenas" de alunos que abandonam o Ensino Superior por falta de condições económicas. "É uma triste realidade", salientou.
Na opinião da vice-presidente da direção da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, Maria João Pereira, as reivindicações mantém-se, não são novas.
Falta de financiamento e material, estrangulamento das faculdades e aumento dos preços das fotocópias e deslocações para locais de estágio são alguns dos problemas apontados pela estudante.
Na sua opinião, o ensino vive uma situação "insustentável", havendo cada vez mais alunos impedidos de aceder ou continuar no ensino superior.
"É nas ruas que podemos fazer ouvir a nossa voz e protestar o ataque claro que está a ser feito à educação", realçou.
Maria João Pereira acredita que a adesão ao protesto de dia 02 de abril vai ser "grande".
"Desafiamos mais associações de estudantes a juntarem-se a nós", apelou a representante da Associação de Estudantes da Faculdades de Letras da UP, Mafalda Araújo.
Frisando que é preciso contestar o "nítido" desinvestimento do Governo no ensino superior.
Cortes nas bolsas de estudo, abandono escolar ou falta de material nas aulas são alguns das problemáticas enumeradas pela estudante.