A Internet na China está "completamente aberta" e "a China é, na realidade, vítima de ataques de piratas", declarou o chefe da diplomacia chinesa, Yang Jiechi, a propósito do conflito com o motor de busca norte-americano Google.
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"A Internet na China está completamente aberta e a China representa um dos mercados mais dinâmicos no domínio Internet", declarou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros durante uma conferência de imprensa em Paris com o homólogo francês, Bernard Kouchner.
"Estamos sempre dispostos a acolher as empresas estrangeiras, incluindo as empresa de Internet. Vamos continuar a fornecer-lhes um ambiente propício aos seus negócios. Ao mesmo tempo, é sempre preciso ter em conta a situação real da China e a tradição cultural", assinalou.
Yang Jiechi disse esperar que "todas as empresas estrangeiras que desenvolvem os seus negócios na China continuem a desenvolver-se de acordo com a lei e a respeitar os interesses dos habitantes chineses".
"A China é, na realidade, vítima de ataques de piratas e nós defendemos uma cooperação para lutar em conjunto", frisou.
Bernard Kouchner disse, domingo, que iria pedir "explicações" ao seu homólogo sobre o conflito com o Google, considerando "um pouco preocupante" a vontade atribuída à China de colocar "sob vigilância" a informação que circula na Internet.
O Google denunciou em meados de Janeiro ataques informáticos em massa com origem na China e ameaçou retirar os seus serviços do país. O caso levou a uma contenda diplomática entre Washington e Pequim, que nega qualquer responsabilidade nos ataques informáticos.