A revista norte-americana "Newsweek" foi vítima de um ataque informático na sua conta Twitter por uma alegada filial do grupo Estado Islâmico, que proclamou uma "ciberjiad" contra os Estados Unidos e fez ameaças a Michelle Obama.
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Este grupo de piratas informáticos havia publicado dados relativos ao Pentágono e desejado um "São Valentim Sangrento" a Michelle Obama, mulher do presidente norte-americano.
"Enquanto os Estados Unidos e seus aliados matarem os nossos irmãos na Síria, Iraque e Afeganistão, nós destruiremos a vossa cibersegurança a partir de dentro", dizia um texto publicado, esta terça-feira, no Twitter da "Newsweek".
O grupo, que se autointitula de "cibercalifado Estado Islâmico", ameaça ainda os norte-americanos, dizendo: "Sabemos tudo sobre vocês e os vossos familiares e estamos muito mais perto de vós do que jamais podeis imaginar. Não haverá piedade para os infiéis".
Durante o ciberataque, o grupo também publicou uma lista de "valentes mujaidines", supostos documentos do Pentágono com dados de soldados norte-americanos, assim como um mensagem a Michelle Obama: "Estamos a vigiar-te, às tuas filhas e ao teu marido".
Incluíram ainda a mensagem "Eu sou EI", numa referência ao lema "Je suis Charlie", popularizado após o atentado contra o jornal satírico francês "Charlie Hebdo".
Todos os "tweets" desapareceram da conta em 10 minutos e a própria revista informou que os responsáveis por este ciberataque são os mesmos que atacaram as contas da cantora Taylor Swift e do Comando Geral das Forças Armadas norte-americanas.
"Pedimos desculpas a todos os nossos leitores pelo conteúdo ofensivo da mensagem e trabalhamos para reforçar as medidas de segurança", assegurou, em comunicado, a diretora da revista, Kira Bindrim.
Esta terça-feira, também foi pirateada a conta da companhia aérea norte-americana Delta, desta vez na rede social Facebook, onde no mural apareceu um artigo intitulado "dez razões porque as raparigas não querem fazer felácio". O ataque informático não foi contudo atribuído a qualquer grupo e ao que tudo indica não está relacionado com o que aconteceu à revista "Newsweek".