Depois do Facebook ter censurado fotos de mastectomias da iniciativa "The Scar Project", uma ativista, que luta contra o cancro da mama, decidiu criar uma petição dirigida à rede social. Com mais de 20 mil assinaturas, o Facebook foi obrigado a mudar a sua política de conteúdos.
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Scorchy Barrington, de 53 anos, luta contra o cancro da mama e percebeu a importância que o Facebook tem na vida das mulheres que padecem da mesma doença. Depois de visitar a página do fotógrafo David Jay, fundador do "Project Scar", apercebeu-se que as fotografias tinham sido censuradas pela rede social.
O projeto divulga "fotografias de jovens que sobreviveram ao cancro da mama" para aumentar a consciência pública "sobre esta doença". Segundo Scorchy Barrington, é importante "ajudar os sobreviventes a ver as suas cicatrizes, rostos, figuras e experiências" através de "uma lente honesta". Assim, Barrinton decidiu criar uma petição online, dirigida a Mark Zuckberg, criador do Facebook.
"As cicatrizes de uma mastectomia não têm conotação sexual", apenas transmitem "uma carga física e emocional das mulheres e homens que se submeterem a este tipo de intervenção", explica no texto.
A ativista acrescentou que, "ao retirarem as fotografias", o Facebook "transmite a mensagem que devem esconder-se os estragos do cancro da mama".
A rede social reagiu e afirmou que muitas "fotografias são retiradas por erro". No entanto, as imagens que violam "os termos de uso" são censuradas de forma a "proteger os utilizadores mais jovens", explica a empresa, em comunicado.
A petição conseguiu mais de 20 mil assinaturas e obrigou o Facebook a mudar a sua política de forma a permitir a publicação deste tipo de conteúdos.
Mesmo assim, a empresa reforça que as "fotos com peitos totalmente expostos e sem estarem afetados pelas cirurgias, violam os termos de uso do Facebook" e, como tal, não devem ser divulgadas.