<p>A ministra da Justiça alemã anunciou que vai "examinar atentamente" a legalidade dos novos serviços do motor de busca Google, como o Google Street Maps ou o Google Earth, com fotografias de alta resolução de ruas ou terrenos.</p>
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O consórcio da Internet "está a tornar-se discretamente um gigantesco monopólio, como a Microsoft", disse Sabine Leutheusser-Schnarrenberger à edição de hoje do semanário der Spiegel, que faz do Google tema de capa, com o título de "o consórcio que sabe mais sobre si do que você mesmo" sob a conhecida sigla do motor de busca.
A dirigente liberal considerou "sobretudo perturbante a gigantomania que transparece na busca de livros através do Google", e exigiu "mais transparência no manuseamento de dados pessoais" aos responsáveis do maior motor de busca do mundo.
Se o Google não atender em breve a estas advertências, "em breve será necessário legislar para evitar excessos", disse a ministra alemã.
A ministra acrescentou, no entanto, que não tenciona "proibir ou impedir seja o que for" e garantiu que só quer que "haja mais transparência para os utentes do Google no que se refere à utilização dos seus dados pessoais".
O porta-voz do Google, Kay Oberbeck, repudiou as acusações de Leutheusser-Schnarrenberger, garantindo que "a transparência e a liberdade de escolha são parte integrante" dos serviços disponibilizados por esta empresa na Internet.
O Goggle, com sede em Mountain View, na Califórnia, tem sido ultimamente alvo de críticas por alegada falta de cuidado no tratamento de dados dos seus utentes, e também pelo poder que adquiriu.
Recentemente, o presidente francês Nicolas Sarkozy acusou o Google e outros gigantes do sector informático de se terem apoderado de considerável fatia do mercado publicitário gaulês, sem pagar impostos.
Para corrigir esta situação, Sarkozy exigiu um imposto especial sobre receitas de publicidade obtidas na Internet, que sirva para fomentar serviços públicos de música, livros e filmes na World Wide Web.