Tóquio e Dubai são outras das cidades muito viradas para o futuro. Há táxis voadores e metro sem condutor.
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Um pouco por todo o Mundo, várias cidades competem para alcançar as exigentes metas de descarbonização, tornarem-se mais sustentáveis e otimizarem os serviços de transportes. Nesta corrida contra o tempo, o continente asiático destaca-se na implementação de projetos inovadores. Singapura, Tóquio e Dubai são alguns dos melhores exemplos de "cidades inteligentes" que têm adotado soluções tecnológicas eficientes.
No Dubai, desde 2009 que o metro já circula sem motorista e, em 2017, um táxi voador subiu aos céus pela primeira vez nesta cidade. Khaled Al Awadhi, diretor da Autoridade de Estradas e Transportes dos Emirados Árabes Unidos, disse há dias em Lisboa, que o objetivo é que "25% das deslocações sejam feitas em sistemas de transporte autónomos até 2030, ano em que o Dubai conta ter uma frota de 4000 táxis robôs, através de um projeto de uma parceria público-privada".
Os veículos autónomos são também, cada vez mais, uma realidade em vários países do Mundo. Em Singapura, os primeiros carros sem condutor começaram a circular há mais de uma década, em 2010, e os táxis autónomos entraram nas ruas da cidade asiática pela primeira vez em 2016. Singapura foi uma das primeiras cidades a introduzir um sistema de cobrança ao quilómetro aos veículos que utilizam vias em determinados locais e horários de maior congestionamento. Foi considerada a cidade mais inteligente do Mundo pelo Índice de Cidades Inteligentes.
Cultura antiveículo
Tóquio também tem mostrado preocupação em reduzir o número de carros que circulam. A capital japonesa tem um dos sistemas de transporte público mais eficientes e maiores do Mundo, o que contribuiu para uma elevada utilização destes meios de transporte. "Há mesmo uma cultura antiveículo", explica João Barros.
Segundo o professor catedrático, a trabalhar na área há 20 anos, a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, "tem a maior densidade de veículos autónomos neste momento". Na Europa, várias cidades têm apostado na mobilidade elétrica partilhada e na eletrificação dos veículos, destacando-se neste último setor a Noruega.
Efeito de estufa
Os setores do transporte e mobilidade são responsáveis por 25% dos gases de efeito de estufa emitidos.
Autocarros
O Dubai tem um sistema de monitorização dos autocarros, que usa câmaras, sensores e outras tecnologias de inteligência artificial.