O Bloco de Esquerda sustentou, esta quinta-feira, que o Governo PSD/CDS-PP, por estar demitido e em gestão, não pode fazer uma privatização, e lançou "um repto" ao Presidente da República para que trave a venda da TAP.
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Em conferência de imprensa, na Assembleia da República, o líder parlamentar do BE defendeu que é preciso "dizer a este Governo que ele não tem legitimidade para fazer uma privatização", e que "essa era uma matéria que o Presidente da República deveria assumir, dado que está nas suas mãos agora uma decisão fundamental para o futuro do país".
Pedro Filipe Soares qualificou de ilegal e inconstitucional a conclusão da venda da TAP e, num recado a Cavaco Silva, considerou que essa decisão reforça a urgência de substituir o Governo PSD/CDS-PP demitido pelo parlamento: "Começa a ser cada vez mais incompreensível ao país que o Presidente não faça o óbvio, que não convoque os partidos, que não decorra todos os trâmites para dar posse a um novo Governo".
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a minuta final do processo de venda de 61% da TAP ao consórcio Gateway, alegando que a celebração desse contrato, marcada para hoje à tarde, é uma necessidade urgente e inadiável, enquadrando-se portanto nas competências de um executivo em gestão.