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"Ocontrato assinado pelo anterior Governo com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo para a construção de navios para a Armada será honrado por este Governo". A garantia, revelada por Branco Viana, da União de Sindicatos de Viana do Castelo, foi dada por José Sócrates durante a reunião que o primeiro-ministro manteve com os parceiros sociais do distrito, no âmbito da iniciativa "Governo Presente".
"Existiam alguns rumores que sendo as verbas do PIDDAC reduzidas para o próximo ano, isso poderia afectar de alguma forma os investimentos previstos nos estaleiros navais, empresa que tem ultrapassado dificuldades nos últimos anos e que recebeu uma lufada de ar fresco, quer com uma dinamização por parte da nova Administração quer com o contrato assinado com a Administração Central". A garantia deixada pelo primeiro-ministro vem, na perspectiva de Branco Viana, "tranquilizar os trabalhadores".
Carta de reivindicações
Outras garantias foram deixadas por José Sócrates na sua visita ao Alto Minho - como foram o caso da abertura de concursos públicos para o estudo prévio da continuação do IC-1 até Valença e do projecto de execução da ligação de Paredes de Coura à A3 -, mas o governante levou para Lisboa um conjunto de reivindicações consideradas fundamentais para a região. "Houve a preocupação de sensiblizar o Governo para ouros projectos, como o da continuação do IC-28 desde Ponte da Barca à fronteira da Madalena, a ligação do IC-1 ao porto de mar de Viana do Castelo e o eixo diagonal Vila Nova de Cerveira-Paredes de Coura-Arcos de Valdevez", afirmou o presidente da Valimar Comurb, Francisco Araújo.
Apresentada também ao primeiro-ministro foi a possibilidade de utentes portugueses poderem vir a beneficiar dos serviços médicos de uma unidade hospitalar galega. A ideia nasceu há cerca de seis meses numa reunião com o director do Hospital de Vigo e o presidente da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho. "A proposta coloca a hipótese da população dos municípios raianos receberem serviços médicos numa extensão do hospital de Vigo, que ficará situada entre aquela cidade galega e a fronteira, na localidade de Puxeiros", revelou Rui Solheiro. Esta é uma possibilidade vista com "bons olhos", pois os utentes "poderiam beneficiar de uma oferta de grande capacidade daquele hospital, que ficaria mais próximo do que o Centro Hospitalar do Alto Minho sedeado em Viana do Castelo", salientou ainda.