A Savannah Resources anunciou, esta segunda-feira, que o projeto de exploração da mina do Barroso tem maiores quantidades de lítio do que o esperado. Os números não convencem os habitantes, que há mais de oito anos contestam o projeto e também não impactaram muito entre os acionistas.
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A empresa detentora dos direitos de exploração da mina de lítio em Covas do Barroso, a Savannah Resources atualizou os valores de espodumena de lítio e concluiu que o recurso confirmado aumentou em 40%, para 39 milhões de toneladas. "Tal confirma que há significativamente mais lítio na mesma área de concessão do projeto já definida", lê-se num comunicado enviado ontem às redações.
Segundo a Savannah, existe o potencial total do Projeto de Lítio Barroso (PLB) poder vir a superar 100 milhões de toneladas de mineralização de lítio ao longo dos anos, suficiente para a produção de 47 milhões de veículos elétricos, tendo em conta o aumento de 200% nas estimativas do que pode haver além do confirmado neste relatório, que pode vairar entre 35 e 62 milhões de toneladas. Uma bateria automóvel típica, tem cerca de oito quilogramas de lítio. As do modelo Tesla S têm cerca de 60 quilogramas.
"O principal objetivo da recente campanha de sondagens era aperfeiçoar os dados sobre os recursos existentes nos depósitos Pinheiro, Reservatório e Grandão, em preparação para a definição de reservas para o DFS (Definitive Feasibility Study)", disse o diretor Técnico de Savannah, Dale Ferguson, citado no mesmo comunicado. O DFS, ou Estudo de Viabilidade Final, necessário à aprovação definitiva da mina, que tem uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) condicionada, está atrasado porque a empresa não tem acesso a terrenos que são dos Baldios ou de privados de Covas do Barroso que estão contra a exploração e depende de uma autorização do estado, uma servidão administrativa como a que foi concedida em finais de 2024 pela anterior secretária de Estado da Energia, à revelia da ministra, para poder fazer prospeções nessas terras.