Há menos um partido político em Portugal. O Ergue-te anunciou, esta quinta-feira, a sua extinção por via da abertura de um processo instaurado pelo Ministério Público junto do Tribunal Constitucional por falta de apresentação de contas entre 2019 e 2021. O partido era liderado pelo antigo juiz Rui Fonseca e Castro
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"Fomos agora citados para um processo de extinção instaurado pelo Ministério Público junto do Tribunal Constitucional, tendo como causa de pedir a não apresentação de contas nos anos de 2019, 2020 e 2021", lê-se na mensagem publicada nas redes sociais do partido da extrema-direita. O Ergue-te confirma a omissão das contas, mas admite que já estavam a "ser envidados esforços no sentido de suprir tais falhas junto da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos".
Na missiva, assinada por Rui da Fonseca e Castro, o partido refere que era possível "procrastinar ao máximo a prolação de uma decisão final", mas acrescenta que o facto do processo de extinção se tornar público "constitui um golpe fatal num partido que já se encontrava extremamente débil". Os órgãos nacionais do Ergue-te foram eleitos em dezembro de 2024, altura em que o partido mudou de nome e símbolo. Antes era denominado Partido Nacional Renovador (PNR).
O Ergue-te nunca conseguiu eleger mandatos e nas legislativas de 18 de maio apenas conseguiu 9 190 votos. Foi o sexto partido menos votado.