O movimento de Rui Moreira vai apresentar-se na corrida às próximas eleições autárquicas. A proposta foi aprovada por unanimidade em Assembleia Geral do Porto, o Nosso Movimento. Filipe Araújo, presidente do movimento e atual número dois da Câmara do Porto, poderá ser o cabeça de lista.
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Isto, embora Filipe Araújo tenha dito, este sábado, à Lusa, que essa "não é uma questão que, neste momento, esteja em cima da mesa".
Foi por unanimidade e aclamação que, na Assembleia Geral mais concorrida de sempre, com mais de 150 presenças, a associação cívica que há 12 anos lidera a Câmara do Porto aprovou apresentar uma candidatura nas eleições de 2025. Com Rui Moreira a cumprir o terceiro e último mandato, ao que tudo indica poderá ser o seu vice-presidente, Filipe Araújo, o rosto da candidatura do movimento independente. Até porque já manifestou esse desejo. "Obviamente que seria uma enorme honra ser presidente da Câmara do Porto. Não o posso esconder", tinha já afirmado ao JN.
Caberá agora a Filipe Araújo dar início ao processo de candidatura às próximas eleições autárquicas, que têm lugar em 2025. Fazendo um balanço muito positivo dos três mandatos de Rui Moreira, os associados acreditam que o trabalho do movimento não se esgota com a saída do atual presidente da Câmara.
Na deliberação final, a Assembleia Geral do movimento salienta: "O caráter livre, independente e sem amarras político-partidárias da gestão municipal foi determinante para os resultados alcançados, mostrando não só ser possível como mais eficaz em garantir que o Porto e os portuenses estão sempre em primeiro lugar na tomada de decisão". Nesse contexto, os associados crêem que "este grupo de cidadãos tem a experiência e a competência necessárias para garantir que este caminho de melhoria e de progresso tem continuidade no tempo".
Na Assembleia Geral foram aprovados ainda a revisão do Orçamento relativo a 2024 e o Orçamento e Plano de Atividades para o próximo ano.
Comunicado do CDS-PP
Este sábado, apesar da decisão saída da Assembleia Geral, o CDS-PP, em comunicado, afirmou que "nunca foi propósito decidir para já uma candidatura autónoma ou liderante do movimento às autárquicas".
"Foi propósito sim, afirmar a vontade de manter o movimento como parte dessa discussão, integrando um novo projeto, em conjunto com partidos políticos, tendencialmente o PSD e o CDS", lê-se no comunicado assinado por Catarina Araújo, membro da direção da associação cívica, militante do CDS-PP e vereadora na Câmara do Porto.
Questionado sobre a posição do CDS, Filipe Araújo disse ter resultado da Assembleia Geral "um mandato bastante claro de criar as condições para que haja um movimento independente candidato aos órgãos autárquicos nas eleições do próximo ano".
À Lusa, Filipe Araújo avançou ainda que vai iniciar conversações com os partidos que apoiam atualmente o movimento, nomeadamente CDS, Iniciativa Liberal, Nós Cidadãos e MAIS.