Pinto da Costa: "Não vou andar aos abraços ao presidente do Benfica ou Sporting"
Pinto da Costa apresentou os cinco eixos da recandidatura à presidência do F. C. Porto, com novidades na direção. O dirigente portista deixou ainda uma garantia: não vai andar "aos abraços" aos presidentes rivais.
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Pinto da Costa iniciou o discurso deixando uma garantia para os próximos tempos: o futuro não é assustador. "Em primeiro lugar, só me candidato mais uma vez e pela última vez à presidência porque não quero deixar sem terminar aquilo que é um grande sonho, a nossa academia, que na altura das eleições estará já no terreno, creio que até já está. É um sonho de todos nós. Os capitais próprios estão positivos ou perto. O futuro não é assustador, só é para quem não tem coragem", disse.
Num evento, no Porto, de apresentação dos eixos de candidatura, o presidente do F. C. Porto diz querer uma equipa com mais rigor. "Rigor cada vez maior, competência sem falhas, ambição de fazer sempre melhor e sobretudo com uma grande paixão. Não quero ninguém na minha equipa que venha porque tem interesses televisivos ou de compra e venda de jogadores. É impossível ter lugar na minha equipa porque se é sócio desde novembro do ano passado. Esses não têm o que é essencial, paixão pelo F. C. Porto".
Pinto da Costa garantiu que não vai "andar aos abraços" com os presidentes rivais e continua a ter uma discurso centrado em "ser a voz do Norte". "Não vou ser presidente do F. C. Porto para andar aos abraços ao presidente do Benfica e do Sporting, para não dizer que Portugal é um país vergonhosamente centralista. Vou dizê-lo até que a voz me doa. Vou continuar a erguer a voz em defesa do F. C. Porto. Nunca vou deixar de pensar que há milhares de pessoas que têm uma vida muito difícil e que quando o F. C. Porto ganha encontram nessas vitórias uma ocasião de serem felizes. Todos pelo Porto, vamos procurar vencer e ser a voz do Norte, que honra o F. C. Porto e defende o que todos pretendemos, que é vencer".
O líder portista fala no objetivo de recuperar o "aspeto financeiro" e ainda abordou as modalidades. "Vamos recuperar mais no aspeto financeiro e ser mais ambiciosos no aspeto desportivo. Só que não conhece o F. C. Porto pode dizer que as modalidades têm de sustentar a si próprias. Vamos continuar a investir no futebol, a ter uma grande equipa, a ter os melhores jogadores possíveis dentro das possibilidades dos clubes portugueses. Vamos ter um treinador de ambição. Vamos lutar pelos títulos. A campanha eleitoral tem sido uma procura de dividir os associados. À procura de mudar. Mudar o quê? Deixar de ganhar no futebol, no voleibol, no hóquei em patins? Deixar de encher os pavilhões?", sublinhou.