Projetos travam abandono escolar no privado devido a propinas e saúde mental
A tendência de aumento do abandono escolar preocupa. Instituições de Ensino Superior criam sistemas para sinalizar à entrada os estudantes em risco.
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Suportar as propinas, conseguir gerir o bem-estar emocional perante as exigências do curso ou conseguir conciliar os estudos com o trabalho são verdadeiras dificuldades que têm levado estudantes a abandonar o Ensino Superior. É no privado que há mais desistências. Escolas e universidades privadas têm abraçado projetos, apoiados através de concursos contratualizados com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), para travar saídas de forma atempada, principalmente após o primeiro ano. E têm conseguido, determinadas a cumprir o objetivo de as reduzir em 10% entre os seus alunos.
Atualmente, a taxa global de abandono no Ensino Superior é ligeiramente mais alta no ensino privado do que no público: 16,7% vs. 16,1%, segundo os dados mais recentes do Portal Infocursos, referentes a 2022/2023. Nos últimos três anos, o fenómeno tem vindo a aumentar, “o que é, naturalmente, muito preocupante”, sublinha, ao JN, Cristina Ventura, presidente do Observatório do Ensino Superior Privado.