População de Pousos, em Leiria, quer separação da freguesia.
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A resposta surge pronta na boca de António Marques: "Se concordo que os Pousos volte a ser freguesia? Já vem tarde". O enfermeiro reformado não tem dúvidas de que a agregação "prejudicou os Pousos", uma das "freguesias mais ricas do país", graças às rendas de pavilhões industriais e de armazéns construídos em antigos baldios e que, atualmente, rendem cerca de 260 mil euros por ano, que vão para a união de freguesias, da qual fazem também parte Barreira, Cortes e Leiria.
"O dinheiro voou para outras freguesias", acusa António Marques. Também Virgílio Santos, que se juntou à conversa, considera que Pousos foi "muito prejudicado" com a agregação, que criou uma "mega" freguesia, com 57 lugares distribuídos por 53 quilómetros quadrados, onde residem 36 mil pessoas. "É muito grande. Não faz sentido associar Leiria, sede de concelho, aos Pousos", defende António Figueiredo, contando que, em 2013, até concordou com a agregação, na esperança que "umas freguesias pudessem puxar pelas outras". Mas "da união não nasceu a força" e os Pousos "ficaram sempre para último".