O Tribunal Judicial do Porto marcou o início do julgamento da Operação Pretoriano para o dia 17 de março. Já há 14 datas reservadas para o julgamento do processo que tem como arguidos Fernando Madureira, a mulher e outros elementos dos Super Dragões. O tribunal ainda não decidiu se julgamento será à porta fechada.
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"Macaco" e a mulher indicaram 54 testemunhas, mas o tribunal rejeitou o pedido uma vez que foi ultrapassado o limite máximo de 20 testemunhas imposto pelo Códido de Processo Penal e os arguidos não apresentaram requerimento ou justificação para o exceder. Assim terão de apresentar 20 testemunhas comuns ou 20 testemunhas para cada.
O despacho da juíza Ana Castro Dias explica ainda que o Tribunal não pode, "apenas com o nome da testemunha, proceder a qualquer pesquisa na base de dados". Assim, pede aos arguidos Fernando e Sandra Madureira que forneçam os dados necessários das testemunhas relativamente às quais apenas indicam o nome, "sob pena de se considerarem como não escritas".
Juíza ainda não decidiu se será à porta fechada
Na acusação, o Ministério Público havia pedido a exclusão de publicidade em fase de julgamento e a inquirição das testemunhas na ausência dos arguidos. A juíza Ana Castro Dias regista a solicitação, mas responde que "oportunamente, o Tribunal pronunciar-se-á acerca do requerido". Ou seja, ainda não é certo se o julgamento será à porta fechada.
O ex-líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, e outros 11 arguidos vão ser julgados por coação agravada, ofensa à integridade física, arremesso de objetos ou líquidos e atentado à liberdade de informação. Em causa estão os acontecimentos que rodearam uma Assembleia Geral Extraordinária do F. C. Porto realizada a 13 de novembro de 2013.
Segundo a acusação do Ministério Público, um grupo de elementos dos Super Dragões, sob a liderança de "Macaco", criou um ambiente de violência e coação na reunião magna do clube, onde deveriam ser votadas alterações dos estatutos dos "azuis e brancos", propostas pela direção de Pinto da Costa. Os arguidos pretenderiam assegurar a aprovação das alterações que seriam benéficas para a reeleição do ex-presidente portista e para a manutenção dos privilégios de que beneficiavam.