As duas propostas apresentadas para a construção da Linha Rubi, que vai ligar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, e inclui uma nova ponte no Douro, ultrapassam o valor base do concurso lançado pela Empresa do Metro, que ronda os 370 milhões de euros.
Corpo do artigo
Apesar disso, a empreitada poderá ser adjudicada, porque nenhuma delas ultrapassa os 120% do valor de referência do procedimento. Quando assim acontece, e sendo invocado o interesse público da obra, pode haver a entrega dos trabalhos a um dos consórcios.
Caso o concurso tivesse de ser anulado, os prazos apontados não seriam cumpridos e perder-se-ia o financiamento do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência.
A Empresa do Metro mantém a intenção de arrancar com os trabalhos no terreno ainda em 2023, de modo a que a linha entre em funcionamento em 2026.
As propostas foram apresentadas por dois consórcios: um, constituído pelas empresas Alberto Couto Alves, FCC Construcción e Contratas y Ventas; o outro, pelas empresas Casais, Conduril, Teixeira Duarte e Alves Ribeiro. O Negócios deu conta, nesta segunda-feira, que ambas as proposta excederam o preço-base do concurso.
A Linha Rubi, entre Porto e Gaia, terá 6,3 quilómetros e oito novas estações: Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio, dois túneis e uma nova ponte sobre o Rio Douro, batizada como D. Antónia Ferreira, Ferreirinha, após uma consulta popular levada cabo pelo JN, as câmaras do Porto e Gaia e o Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto.
O novo traçado inclui dois interfaces: um, nas Devesas, com a Linha do Norte da CP; outro, em Santo Ovídio, com o futuro TGV.
Estima-se que a Linha Rubi acrescente mais 12 milhões de validações por ano à rede de metro.