Festival literário de Penafiel começa esta segunda-feira e estende-se até ao próximo domingo. Poesia do cantor e compositor brasileiro Arnaldo Antunes está em destaque.
Corpo do artigo
As várias dimensões do percurso artístico de Arnaldo Antunes vão ser celebradas ao longo dos próximos sete dias em Penafiel, na 17.ª edição do festival Escritaria, que homenageia anualmente a obra de um escritor vivo.
O prolífico autor paulista de 64 anos vai estar acompanhado em muitas dessas atividades por cúmplices de longa data, como Marisa Monte ou Adriana Calcanhotto, além de convidados como Mia Couto, Martim Sousa Tavares, Luísa Sobral, Rui Reininho, Samuel Úria, Márcia e Adolfo Luxúria Canibal.
Um dos pontos altos acontece na quinta-feira, quando Arnaldo Antunes e Marisa Monte protagonizarem a conversa-concerto “Eu não sou difícil de ler”, em que vão revisitar uma relação artística que já incluiu projetos musicais como os Tribalistas.
Na sexta-feira há uma nova incursão musical, novamente no novo auditório do Ponto C, desta vez com a banda de Arnaldo Antunes e a participação de Adriana Calcanhotto.
O lançamento da antologia “Quase tudos” e os debates “O Brasil antes e depois de Arnaldo Antunes” e “Poesia e música: uma relação de intimidade” são outros dos atrativos de um programa que volta a incluir a inauguração de arte pública no Jardim do Sameiro.
Esta segunda-feira, o festival abre oficialmente com a apresentação do catálogo “Escritaria 2023 – Miguel Esteves Cardoro”, às 18.30 horas, no Recreatório Paroquial de Penafiel.
Na terça-feira, às 21.30 horas, é exibido, ainda no Recreatório Paroquial, o documentário “Com a palavra, Arnaldo Antunes”, de Marcelo Machado, realizado em 2018.
E na quarta-feira, pelas 21.30 horas, no auditório do Ponto C, realiza-se a conversa-concerto “Experimentar o desatino”, com a cantora portuguesa Márcia, e moderação de Tito Couto.
Em permanência no Escritaria 2024 há duas exposições: “Pela janela do olhar”, no Ponto C, uma coleção de retratos dos homenageados do festival, por Mafalda Rocha; e “Se você não passa no morro, eu quase morro”, de José A. Nunes, na Biblioteca Municipal de Penafiel.