Diretores e pais pedem clarificação sobre uso dos manuais de 1.º ciclo
Há escolas a exigir declarações aos encarregados de educação e professores a proibir alunos de escrever nos livros com receio da reutilização.
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A devolução e reutilização dos manuais de 1.º ciclo está a gerar nova confusão. O ex-ministro da Educação, João Costa, chegou a anunciar em setembro de 2023 que estes alunos ficavam com os livros, mas a medida era apenas para o ano letivo passado e as dúvidas sobre como a utilização deve ser feita para não resultar em penalizações voltou a instalar-se. Resultado, descreve a presidente da confederação de pais (Confap): há professores a proibir os alunos de escrever nos manuais, escolas a passar a responsabilidade para os pais pedindo-lhes declarações e diretores convictos de que podem ter de fazer a recolha mas que os livros não serão reutilizados.
“Há confusão porque depende da interpretação que cada um faz da lei”, critica a presidente da Confap, Mariana Carvalho, defendendo uma clarificação escrita das regras. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima também já pediu esclarecimentos ao Instituto de Gestão Financeira da Educação. O JN interpelou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação mas não recebeu respostas até ao fecho da edição.