Infeções, cirurgias e ciática: a saúde debilitada do Papa que desafiou a morte aos 21 anos
A hospitalização do Papa Francisco, há mais de uma semana, no hospital Agostino Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite e, mais tarde, uma pneumonia nos dois pulmões é a consequência mais recente de uma série de problemas de saúde sofridos pelo chefe da Igreja Católica, que completou 88 anos em dezembro passado.
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A história da saúde debilitada de Jorge Bergoglio começa muito cedo, bem antes de se tornar Papa. Com apenas 21 anos, quase morreu depois de desenvolver pleurisia, uma inflamação dos tecidos que rodeiam o pulmão. Segundo a sua autobiografia, publicada este ano, os cirurgiões encontraram três quistos pulmonares de grandes dimensões e cortaram parte do seu pulmão direito, num procedimento "extremamente doloroso" e "traumático". Numa entrevista sobre a sua saúde ao jornalista e médico argentino Nelson Castro, Francisco insistiu, no entanto, que teve "uma recuperação completa e nunca sentiu qualquer limitação desde então".
No passado, o Papa também se queixou de um "convidado problemático", a ciática, uma doença nervosa crónica que provoca dores nas costas, ancas e pernas, e que ocasionalmente o obrigava a cancelar eventos oficiais. Um surto da doença fez com que o Papa faltasse às cerimónias da véspera e dia de Ano Novo em dezembro de 2020, a primeira vez que os problemas de saúde o fizeram perder grandes eventos religiosos.