Os estaleiros navais ou a fábrica de armas Browning são dois dos exemplos de empresas totalmente paradas em Viana do Castelo, além de tribunais e escolas devido à greve geral.
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Segundo o porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), desde as 00.00 horas que a empresa, detida exclusivamente por capitais públicos, está "totalmente parada".
"No interior, além de elementos para garantir a segurança, só temos um administrador e uma secretária, em cerca de 700 trabalhadores. A adesão à greve está a correr de forma excelente", admitiu António Barbosa.
Outra fonte sindical indicou à Lusa que na empresa pública Resulima, encarregue da gestão e recolha de resíduos sólidos em concelhos dos distritos de Viana do Castelo e Braga a adesão é "praticamente total".
"Num universo de cerca de 80 trabalhadores, só está a um lá dentro. Todos os restantes estão cá, mas fora da empresa", disse a fonte.
Também a Câmara de Viana do Castelo tem os vários serviços totalmente encerrados.
No sector privado, o caso da fábrica da Browning-Viana, que se dedica à produção de armas e artigos de desporto, os cerca de 300 trabalhadores também paralisaram, indicaram os sindicalistas.
"É um exemplo da adesão à greve no sector privado, mas temos outros casos em que isso não se faz sentir. Não escondemos que haja algum receio, devido à precariedade laboral, na adesão à greve", admitiu o coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo.
Branco Viana acrescenta que serviços de recolha de lixo, abastecimento de água e várias escolas e tribunais por todo o distrito também estão encerrados devido à greve geral.
O Tribunal Judicial de Viana do Castelo não chegou a abrir portas e na Estação de Comboios da cidade realizaram-se apenas os serviços mínimos, com quatro ligações logo ao início da manhã, estando previsto mais uma ligação à tarde.