Desde o início do ano 78 pessoas perderam a vida em acidentes de trabalho que fizeram ainda 203 feridos graves. Na segunda-feira, queda de placa de cimento matou dois operários em Abrantes.
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Os dados da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de janeiro até 5 de agosto dão conta de 76 vítimas mortais na sequência de acidentes de trabalho. Se somarmos os dois operários que morreram na segunda-feira em Abrantes, devido à queda de um placa de cimento nas obras de construção da futura Unidade de Saúde Familiar, o número de mortes eleva-se para 78. Em igual período há ainda registo de 203 feridos graves, mais de metade só no mês de janeiro (115), sendo segunda-feira o pior dia.
Janeiro foi também o mês do ano com maior número de mortes: 24. De acordo com os dados da ACT, até 5 de agosto o distrito com maior registo de vítimas mortais era Aveiro (12), seguindo-se Porto (11) e Lisboa (10). Santarém, o distrito a que pertence Abrantes, soma agora nove óbitos. A maioria das vítimas são operários, do sexo masculino, com idades entre os 45 e os 54 anos. O setor com mais casos continua a ser o da construção, seguindo-se as indústrias transformadoras.
No que concerne aos feridos graves, os mesmos dados mostram que o distrito com mais ocorrências é o Porto (34), seguindo-se Faro (21). Do total de 203 feridos, 62 eram da construção e 55 das indústrias transformadoras, sendo as fraturas a lesão mais comum. Recorde-se que, no ano passado, morreram 135 pessoas em acidentes laborais e 308 ficaram feridas com gravidade.