O Governo espanhol confirmou que dois cidadãos espanhóis, e não apenas um, morreram no atentado terrorista desta quarta-feira em Tunes e admitiu que este balanço pode subir devido "à enorme confusão de dados".
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Em conferência de imprensa, em Valência, o ministro dos Assuntos Exteriores (Negócios Estrangeiros), José Manuel García-Margallo, indicou que os dois espanhóis mortos no atentado (juntamente com outras 20 pessoas, duas delas terroristas) poderiam fazer parte de um grupo de 90 espanhóis que chegaram a Tunes em dois navios de cruzeiro.
A delegação de Governo de Valência indicou mais tarde, após a conferência, que os dois espanhóis já foram identificados, ainda que não tenha revelado a identidade de ambos.
García-Margallo fez um relato cronológico dos acontecimentos e dos contactos mantidos pela diplomacia espanhola com as autoridades tunisinas, insistindo que há neste momento "uma enorme confusão nos dados" e das dificuldades para obter confirmação desses mesmos dados.
Assim, relatou que às 19 horas, o embaixador espanhol foi informado pelo ministro da Saúde tunisino de que não havia espanhóis entre os feridos e que "não havia confirmação da morte de um cidadão espanhol". No entanto, 25 minutos depois, uma autoridade hospitalar tunisina confirmou ao embaixador a morte não de um, mas de dois cidadãos espanhóis.
Por isso mesmo, García-Margallo disse não poder descartar que não existam mais mortos e feridos espanhóis entre as vítimas do atentado.
Entretanto, o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, afirmou que peritos espanhóis em luta contra o terrorismo estão a caminho de Tunes para colaborar nas investigações e recolher informação adicional sobre o sucedido.
No ataque ao Museu Nacional do Bardo, em Tunes, perpetrado por dois homens com armas automáticas, morreram 22 pessoas, 20 delas turistas estrangeiros. Os dois homens acabaram por ser abatidos pela polícia.