Um número indeterminado de estudantes está retido no interior da universidade de Garissa, no leste do Quénia a cerca de 150 quilómetros da fronteira com a Somália, na sequência de um ataque de homens armados, entretanto reclamado pelo grupo islâmico al-Shebab que causou pelo menos 15 mortos.
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O grupo extremista islâmico somali al-Shebab reivindicou o ataque contra o centro universitário de Garissa, no Quénia, que fez pelo menos 15 mortos.
"O Quénia está em guerra com a Somália (...) Os nossos homens estão ainda no interior e em combate. A sua missão e de matar aqueles que são contra os Shebab", declarou por telefone à agência francesa AFP um porta-voz do grupo islâmico, Cheikh Ali Mohamud Rage.
Desde que, em outubro de 2011, o exército queniano entrou na Somália para combater o al-Shebab, o país tem sido alvo de frequentes atentados terroristas, sendo o mais grave de todos o assalto ao centro comercial Westgate, ocorrido em 2013, no qual morreram 67 pessoas.
Os meios de comunicação e fontes policiais apontam para pelo menos 15 mortos no ataque. De acordo com a Cruz Vermelha queniana, os atacantes ocuparam e controlam os edifícios da residência universitária, onde residem várias centenas de estudantes.
"Cinquenta estudantes foram libertados", acrescentou a Cruz Vermelha em comunicado, sem explicar as circunstâncias da libertação. Soube-se, entretanto, que os estudantes libertados são muçulmanos.
As forças de segurança quenianas lançaram uma operação para capturar os atacantes.
O ataque ocorreu por volta das 5.30 horas locais (3.30 em Portugal continental), quando os atacantes entraram nas instalações universitárias e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários engenhos explosivos.
O ataque foi entretanto reivindicado pelos jiadistas somalis al-Shebab, autores de múltiplos ataques em cidades na fronteira, como Garissa.