Um grupo jiadista afiliado com o Estado Islâmico afirmou, este sábado, ser responsável pela queda do avião russo, no Egito, que matou 224 pessoas. Autoridades egípcias afirmam que se tratou de uma falha técnica. A Rússia considera que a reivindicação "não pode ser considerada precisa".
Corpo do artigo
Uma declaração do grupo está a circular em várias contas do Twitter de militantes islamitas e também foi divulgada pelo site Aamaq, que funciona como uma agência de notícia semi oficial do Estado Islâmico, revela a Reuters.
"Os guerreiros do Estado Islâmico conseguiram fazer cair um avião russo sobre a província do Sinai com 220 cruzados russos a bordo. Todos foram mortos, graças a Deus", lê-se na mensagem difundida na Internet.
O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte de Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm-el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
O aparelho pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto moscovita de Domodedovo, que realiza habitualmente voos 'charter' (fretados).
A embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que estavam a bordo do avião russo que caiu este sábado na península do Sinai, no Egito, morreram nessa tragédia.
Uma fonte dos serviços de segurança do norte do Sinai disse à agência Reuters que uma primeira análise aos destroços sugeria que a queda tinha sido causada por problemas técnicos, mas que o grau de destruição era muito grande para se tirar conclusões.
"O avião partiu-se em dois, uma pequena parte na cauda que ardeu e uma parte maior que colidiu com uma zona rochosa", disse a mesma fonte.
O ministro russo dos Transportes considerou que a reivindicação do Estado Islâmico "não pode ser considerada precisa".
Um porta-voz do exército russo diz que a investigação está em curso e que ainda não é possível saber as causa da queda do aparelho.
Vários especialistas militares questionados pela agência de notícias AFP disseram que os insurgentes do Estado Islâmico, que tem seu bastião no norte da península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo do avião, ou que foi atingido por um foguete ou míssil quando descia na sequência de falhas técnicas na aeronave.