Em dia de 127.º aniversário, o "Jornal de Notícias" debate o futuro de Portugal numa grande conferência, na Casa da Música.
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Já decorre, na Casa da Música, no Porto, a Grande Conferência JN "Por Portugal". Pelo evento, e ao longo do dia, o país será debatido por nomes como António Vitorino, Rui Rio, Rui Moreira ou Ramalho Eanes.
Daniel Proença de Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Global Media Group, deu as boas-vindas aos convidados e falou sobre as "marcas muito fortes" do grupo ao qual pertence o JN.
"Celebramos aqui, hoje, 127 anos da existência do Jornal de Notícias. Uma história longa, pesada, que atravessou vários regimes políticos, revoluções e sobreviveu com sucesso a todos esses acontecimentos", explicou, acrescentando que, pelo meio, o jornal ainda conseguiu ajudar na "afirmação do Norte no contexto nacional e internacional".
"O maior desafio que enfrentamos é compatibilizar a história de jornais como o JN com as novas exigências dos leitores. O grupo está seriamente comprometido com o respeito da democracia política e liberdade económica, que cultive o rigor e a qualidade. Queremos ser um fator de elevação da comunidade a que pertencemos e não do seu rebaixamento", admite.
Já Afonso Camões, diretor do JN, garantiu que o jornal era um "exercício de memória contra o esquecimento". E aproveitou para destacar algumas novidades. "O JN vai voltar a editar uma versão em Braille e o Grande Prémio de Ciclismo vai voltar à estrada". Recordou, igualmente, Manuel António Pina e Serafim Ferreira e o seu contributo para a história do jornal.
"Portugal parece perdido e os portugueses vivem na incerteza. Com esta conferência, queremos convocar todos a uma avaliação ao caminho percorrido, sem a qual não é possível aprender", concluiu.