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O Gás de Petróleo Liquefeito é composto, em cerca de 60%, por gás natural e o restante por gases resultantes da extracção e da refinação do petróleo, ou seja, é um subproduto. "Não está sujeito a grandes pressões da procura, tanto mais que os grandes utilizadores, que eram a indústria, estão a virar-se para o gás natural, nem a variações de preço. Além disso, tratando-se de um combustível pouco poluente, paga menos Imposto sobre Produtos Petrolíferos e é muito mais barato", afirmou ao JN, Luís Duarte, da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC-GPL). Calculando em cerca de 40 mil veículos que, em Portugal, usam o GPL, Luís Duarte fala em preconceito "sem sentido". "A segurança está mais do que garantida e não há registo de um acidente provocado pelo GPL. Em Itália e na Turquia circulam mais de dois milhões de carros a GPL", sublinhou. Em relação à proibição de estacionamento em parques subterrâneos, Luís Duarte assegura ser necessário salvaguardar a segurança de todos os utentes. "Há instalações e depósitos antigos, e por isso é conveniente manter estas proibições. No entanto, é de referir que os carros a GPL podem circular pelos parques subterrâneos e, por via de uma alteração legislativa de 2006, pode-se estacionar desde que haja abertura ao nível do solo e do tecto". A ANIC, que existe há cerca de quatro anos, pretende representar os interesses dos distribuidores, revendedores e instaladores de equipamentos, autarquias e consumidores.