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Conhecer de perto as "dificuldades e aspirações" dos imigrantes e seus descendentes foi o objectivo do alto-comissãrio para a Imigração e Minorias éÉtnicas, que durante três dias teve o seu "gabinete" na sede da Associação Sócio-Cultural do Bairro da Quinta da Serra (Loures), recenseado em 1993 para o Plano Especial de Realojamento. A experienção vai ser repetida de dois em dois meses noutras localidades habitadas principalmente por imigrantes, disse ontem Rui Marques no último dia desta primeira acção "ACIME junto das Comunidades".
O alto-comissário e a presidente daquela associção, Floresbela Pinto, manifestaram pontos de vista comuns quanto às vantagens deste encontro Rui Marques pôde "conhecer mais intimamente" as dificuldades de pessoas que, além das da integração, se debatem, por vezes, com as da legalização; e os moradores do bairro (cerca de 1600), nas palavras de Floresbela Pinto "puderam sentir um pouco mais que não estão esquecidos.
"As pessoas têm ânsias de serem ouvidas", disse Floresbela a Pinto, defendendo a necessidade de afastar das pessoas a ideia de que "não se pode entrar" em bairros como aquele. E vincaria que a maior parte das pessoas que ali moram têm existêncais perfeitamete normais trabalham, ou tentram trabalhar, para viver; e obviamente, esperam um espaço para morar que não leve o carimbo de "barraca".
Durante estes três dias, o ACIME pôs em funcionamento naquele bairro e na antiga Quinta do Mocho (agora conhecida por Terraços da Ponte), postos de antendimento para encaminhar imigrantes sobre processos de regularização, acesso à educação e saúde, reagrupamento familiar ou retorno voluntário. J. A. S.