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Vila Franca de Xira, Lisboa, 23 Abr (Lusa) - A ministra Saúde revelou hoje que a construção do novo hospital de Vila Franca de Xira só vai começar em 2009, quatro anos depois do lançamento do concurso público.
Ana Jorge revelou que já possui o relatório de proposta de negociação com os dois candidatos pré-seleccionados, mas explicou que se trata de um processo complexo. "O relatório que implica passar à última fase com dois concorrentes para a negociação final está aprovado e todo o processo vai agora submeter-se a um despacho conjunto do Ministério da Saúde e das Finanças", afirmou aos jornalistas a ministra da Saúde.
"Temos estado a fazer um esforço muito grande para recuperar todo o tempo perdido", frisou acrescentando que espera que depois de preparar o lançamento da adjudicação "seja possível, no início de 2009, iniciar a construção do hospital".
"Estamos cheios de expectativas e de necessidades. As pessoas passam horas sem conta à espera (de serem atendidas no actual hospital) e as urgências já não têm meios humanos para responder às necessidades", disse, por seu lado, a presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS).
"As pessoas entram no hospital com 38 de febre e saem com 41", ironizou a presidente da câmara numa intervenção na autarquia, perante a ministra da Saúde, que ali de deslocou para homologar o contrato-programa para a construção do novo centro de saúde de Vila Franca de Xira.
Maria da Luz Rosinha lembrou ainda que a autarquia adquiriu o terreno para a construção do novo hospital por dois milhões de euros.
O novo hospital de Vila Franca de Xira será construído através de um modelo de parceria público-privada que inclui a construção, equipamentos e a gestão clínica.
Ana Jorge disse que apesar do primeiro-ministro ter anunciado que este modelo de parcerias público-privadas no futuro não irá incluir a gestão clínica dos hospitais, a parceria para a construção do hospital de Vila Franca deve manter-se na forma como foi lançada inicialmente.
"Não faz sentido que fosse interrompida dado que se o processo fosse interrompido levaria outro tempo para que o hospital fosse uma realidade", disse a ministra.
Nesse sentido, Ana Jorge defendeu que o antigo modelo se deva manter desde que salvaguardado "o interesse da população e o interesse público".
ZO
Lusa/fim