A presença de Mário Machado no programa da manhã da TVI, na quinta-feira, motivou várias reações. <a href="https://www.jn.pt/artes/media/interior/mario-machado-na-tvi-e-branquear-a-violencia-acusa-sos-racismo-10392944.html" target="_blank">A própria ERC vai analisar as queixas</a> contra o convite feito ao líder da Nova Ordem Social, que esteve em direto na rubrica "Diga de Sua (In)Justiça", no programa Você na TV, apresentado por Manuel Luís Goucha e Maria Cerqueira Gomes.
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Em entrevista ao jornal "Público", o apresentador da TVI abordou a polémica entrevista, explicando que apesar de não não se rever com as "ideias do convidado", defende a importância dos debates televisivos. "Não devemos ter medo dos debates televisivos, pelo contrário. É uma oportunidade de ouro para confrontar argumentos e ideias", justificou.
De acordo com o apresentador, o convite para a presença de Mário Machado no programa da manhã não partiu dele nem de Maria Cerqueira Gomes, que recentemente integrou o programa, substituindo Cristina Ferreira. O convite, segundo Goucha, terá partido de Bruno Caetano, autor da rubrica " Diga de Sua (In)Justiça". "Mas, a partir do momento em que ele é nosso convidado nós temos uma conversa e vamos enfrentar os argumentos", referiu.
Sobre os riscos da exposição mediática de Mário Machado, fundador da organização de extrema-direita "Portugal Hammerskins", Goucha dá o exemplo do Brasil e a aponta o dedo às redes sociais. " As ideias de Bolsonaro vingaram sem um debate televisivo. (...)Chama-se a isso viver em democracia. Se não, através das redes sociais, estas ideias podem colher frutos como colheram".
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Questionado sobre a polémica sondagem, em que se perguntava se precisamos de um novo Salazar, o apresentador assumiu a responsabilidade pela pergunta que se tornou viral nas redes sociais. "A maioria, como eu estava à espera, disse que não queria um ditador", disse, lembrando ainda o recente programa da RTP em que os espetadores elegeram Salazar como o maior português de sempre.