A empresa responsabilizada pela importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos, localizada no Estado do Pernambuco, foi multada em seis milhões de reais (cerca de 2,46 milhões de euros), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.
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A firma, cujo nome é "Império do Forro de Bolso", possui três unidades, localizadas nos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru e Toritama, todos na região nordeste do Brasil.
Na semana passada, uma operação da Polícia Federal brasileira apreendeu 46 toneladas de lixo hospitalar provenientes dos Estados Unidos no Porto de Suape, em Pernambuco.
De acordo com a superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) na região, Ana Paula Pontes, a documentação relativa aos contentores permitiu à instituição chegar à empresa importadora.
"Nas três unidades da empresa, o IBAMA realizou uma vistoria e selou o material irregular encontrado [mais 25 toneladas de lixo hospitalar], que deverá ser incinerado", adiantou a superintendente à Agência Lusa.
Quanto à carga detida ainda no Porto de Suape, a empresa terá de arcar com os custos da devolução do material importado à companhia fornecedora, nos Estados Unidos.
Na quinta-feira, um operário do interior de São Paulo também detectou que o bolso das suas bermudas tinha o logótipo de um hospital, que se descobriu ser o uma instituição de Almada, em Portugal.
À Agência Lusa, a superintendente explicou que as cargas encontradas respeitam apenas a carregamentos de origem norte-americana.
A "Império do Forro de Bolso" fabricava bolsos para vender a confecções de todo o país. No seu sítio na Internet, a firma oferece os seus serviços com a possibilidade de entrega em todos os destinos no Brasil.
Uma fonte citada em uma reportagem do portal de Internet brasileiro "UOL" indicou que a empresa já fez fornecimentos a Angola.
A firma aparece ainda no cadastro de micro e pequenas empresas da ALADI (Associação Latino-americana de Integração), o que indicia que tem relações comerciais nos países vizinhos do Brasil.
A Agência Lusa procurou contactar o dono da empresa, o empresário Altair Teixeira de Moura, mas este não atendeu as chamadas telefónicas.