Dados financeiros sobre privatização de aeroportos brasileiros serão divulgadas na quinta-feira
Os dados financeiros relativos à licitação dos três aeroportos brasileiros que serão privatizados até ao final deste ano deverão ser anunciados na quinta-feira.
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Uma minuta do edital, com valores mínimos a serem investidos e a taxa de concessão a ser cobrada pelo Governo pela exploração, será encaminhada na quinta-feira ao Tribunal de Contas da União (TCU), para uma análise preliminar, antes da divulgação oficial das regras do leilão, noticiou o jornal "O Globo".
A lei brasileira determina que o edital seja divulgado, no mínimo, 45 dias antes da realização do leilão, que está previsto para ocorrer no dia 22 de dezembro.
Os aeroportos a serem privatizados nesta fase são o de Guarulhos, em São Paulo, de Viracopos, em Campinas (estado de São Paulo), e o de Brasília.
Segundo os dados adiantados pelo diário local "O Globo", que informou ter tido acesso antecipado à minuta do edital, o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, terá a outorga (lance mínimo inicial no leilão) mais alta entre os três, no valor de 2,292 mil milhões de reais (cerca de 950 milhões de euros).
O investimento mínimo exigido à empresa vencedora é de 5,795 mil milhões de reais (aproximadamente 2,4 mil milhões de euros).
Pelo direito à exploração de Guarulhos, a companhia terá de pagar ao Governo brasileiro, durante os 20 anos de concessão, 10% da receita bruta anual do terminal, tido como o mais lucrativo dos aeroportos brasileiros.
Em Campinas, onde o Governo tem planos de criar o maior aeroporto da América Latina, o investimento mínimo previsto é de 10,751 mil milhões de reais (cerca de 4,46 mil milhões de euros). A outorga foi fixada em 521 milhões de reais (216 milhões de euros), e a percentagem para a concessão em 05 por cento da receita bruta anual, durante 30 anos.
Para o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, o lance mínimo será de 75 milhões de reais (31 milhões de euros). O vencedor contrai o compromisso de destinar investimentos de 3,115 mil milhões de reais (1,29 mil milhões de euros) às obras de expansão e reforma do terminal e terá de repassar ao Governo 02 por cento da receita bruta anual durante os 25 anos de concessão.