A presidente brasileira, Dilma Rousseff, anunciou esta segunda-feira que vai enviar uma proposta ao Congresso Nacional para prorrogar por mais 50 anos a Zona Franca de Manaus.
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Actualmente, a Zona Franca de Manaus é válida até 2023. Além de alargar o prazo, o governo também quer aumentar os incentivos para os municípios vizinhos da capital do Estado do Amazonas.
A proposta de emenda constitucional precisa de ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado para entrar em vigor.
A Zona Franca de Manaus foi criada na década de 60 com os objectivos de viabilizar o desenvolvimento económico da Amazónia Ocidental, ajudar a integração da região no conjunto brasileiro e garantir a soberania nacional sobre as fronteiras.
Hoje, a Zona Franca acolhe principalmente unidades industriais, com destaque, nas suas cerca de 600 fábricas, para as que operam nos sectores de electro electrónica, equipamentos de informática e motocicletas.
Dilma Rousseff fez o anúncio durante uma cerimónia de inauguração da Ponte Rio Negro, onde esteve acompanhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi ovacionado e chamado de "herói" pelo público, destacou o jornal O Estado de São Paulo.
Os discursos protocolares foram apressados devido à elevada concentração de pessoas. Segundo a Polícia Militar, estavam reunidas cerca de 100 mil pessoas para assistir à inauguração da ponte, num dia com temperatura acima dos 40 graus. Pelo menos, 20 pessoas sentiram-se mal devido ao calor.
A Ponte Rio Negro é a maior ponte suspensa do Brasil, e uma das maiores do mundo, com 400 metros de trecho suspenso por cabos.
A obra, que custou 1,099 mil milhões de reais (444 milhões de euros), tem um comprimento de 3,5 quilómetros e liga Manaus e o município de Iranduba. Até agora, a ligação alternativa era feita por barco e demorava duas horas.