O ministro do Trabalho do Brasil, Carlos Lupi, modificou, esta quarta-feira, o tom que tem usado em relação às denúncias a respeito da sua pasta e tenta corrigir a má imagem que terá causado à Presidente Dilma Rousseff.
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Em conferência de imprensa na terça-feira, Carlos Lupi afirmou aos jornalistas que só deixaria o Ministério "abatido à bala".
Na ocasião, Lupi também afirmou duvidar que a Presidente o demitisse do cargo.
Ao tentar remediar as afirmações, que segundo a imprensa brasileira terão desagradado a Dilma Rousseff, o ministro declarou que o que está a desafiar é a "onda de denúncias que o Brasil virou" e não a Presidente.
"Estou desafiando aqueles que usam da mentira um instrumento para acabar com a reputação das pessoas", acrescentou Lupi.
No sábado, uma reportagem da revista "Veja" denunciou a existência de um suposto esquema de cobrança de "luvas" no Ministério do Trabalho. O caso aponta o envolvimento de assessores do ministro no pagamento de luvas a representantes de organizações não-governamentais que prestam serviços para o governo.
O ministro voltou a afirmar hoje que a equipa mais próxima dele não está envolvida em irregularidades, mas ponderou que a pasta possui mais de 10 mil funcionários, sugerindo não ter forma de controlo sobre todos.
O político deverá prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados na quinta-feira.