A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a criação da Empresa Olímpica Municipal, que terá como missão coordenar os projectos referentes aos Jogos Olímpicos de 2016.
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Para liderar a equipe, o prefeito nomeou a executiva Maria Silva Bastos, que, no Brasil, ficou conhecida como a "dama-de-ferro", por ter conseguido duplicar a facturação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) durante o tempo em que ocupou a presidência da empresa, uma das maiores e mais importantes do país.
Maria Silva também foi uma das poucas mulheres a ocupar um cargo de direcção no Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), numa altura em que recebeu a alcunha de "a mulher de um bilião (mil milhões) de dólares", pelo seu trabalho à frente da Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro.
Em 1997, entrou para a lista da revista "Time" que elenca as 12 personalidades "que decidirão os rumos da economia mundial", sendo a única mulher entre os nomeados.
Depois de tomar posse no novo cargo, Maria Silva adiantou, em conferência de imprensa, que a sua primeira tarefa será tratar da matriz de responsabilidades para definir exactamente qual esfera do poder público que trata a cada passo das obras e qual a que será responsável pela sua fiscalização.
"Dentro da Prefeitura, do Governo Estadual, Governo Federal, no COB [Comité Olímpico Brasileiro], no Comité Organizador, todo mundo tem que saber quais são as nossas responsabilidades, isso tem de estar pendurado na parede, mas também tem de estar na nossa cabeça, todos têm que saber isso de cor", enfatizou.
Na cerimónia, que também marcou o início da contagem regressiva para o início dos Jogos -- a serem realizados daqui por cinco anos -- a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou um balanço preliminar sobre a situação das obras, no qual mostra que os principais projectos de infraestrutura ligados aos Jogos de 2016 estão adiantados.