Livro de Paulo Moura passa em revista os primeiros 25 anos do trajeto da Orquestra de Matosinhos até se tornar uma referência obrigatória do género.
Corpo do artigo
Ser “louco varrido” foi a acusação mais suave que Pedro Guedes ouviu quando contou aos amigos mais próximos o seu projeto nada secreto: criar uma big band de jazz. Nada que existisse sequer em Lisboa ou no Porto nesse tempo (segunda metade da década de 1990) e muito menos numa cidade de dimensão média como Matosinhos.
Chegado de Nova Iorque em 1994, onde se tornou o primeiro português a concluir uma licenciatura na prestigiada New School for Jazz and Contemporary Music, o então jovem músico ignorou os apelos para colocar de lado a ideia megalómana e iniciou uma demanda cujo primeiro grande obstáculo foi a ausência de intérpretes.