Algumas centenas de pessoas prestaram a última homenagem a José Saramago, no salão nobre da Câmara Municipal de Lisboa, onde o corpo do escritor está em câmara ardente.
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Urna de José Saramago chegou aos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa, onde ficará em câmara ardente, no salão nobre até amanhã, domingo. "Obrigado, Saramago", lê-se nas faixas colocadas na fachada da Câmara Municipal.
As portas da Câmara Municipal de Lisboa reabriram, pelas 15.30 horas, para que centenas de pessoas se despeçam do escritor.
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a ministra da Cultura espanhola, Angeles González-Sinde, Manuel Alegre e o maestro Vitorino de Almeida foram algumas das figuras públicas que se juntaram às centenas de anónimos na despedida do Nobel da Literatura.
À chega da urna à Câmara Municipal, cerca de centena e meia de pessoas aplaudiram uma última vez José Saramago. Fizeram-no enquanto a urna, coberta com a bandeira nacional, era transportada para o salão nobre.
Há muitos jornalistas a acompanhar as cerimónias fúnebres de José Saramago, muitos estrangeiros, principalmente espanhóis.
O avião da Força Aérea aterrou no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, pouco passava das 13.30 horas, onde dezenas de pessoas aguardavam pelos restos mortais do escritor.
A comitiva seguiu em cortejo para os Paços do Concelho da capital, em cujo salão nobre o corpo ficará em câmara ardente até ao funeral, amanhã, domingo, pelas 12 horas.
O corpo será cremado, a pedido da família, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa.
Da comitiva oficial à espera, em Lisboa, no aeroporto de Figo Maduro, faziam parte dezenas de figuras da cultura e da política, entre as quais, Alice Vieira, Nuno Júdice, Manuel Gusmão, José Barata-Moura, Rúben de Carvalho e Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP.
Marcos Perestrello, secretário de Estado da Defesa, representa o Governo na homenagem ao escritor.
Os ministros da Cultura de Angola e da Guiné Bissau estavam também presentes.
O avião da Força Aérea Portuguesa com os restos mortais de José Saramago partiu de Lanzarote, nas Canárias, pelas 10.25 horas.
O escritor português deixou definitivamente a terra que foi a sua casa nos últimos anos e onde escreveu o "Ensaio sobre a Cegueira", entre outros.