Escolas públicas: Ensinar / aprender no Agrupamento de Escolas António Sérgio - V. N. Gaia
Ser professor numa escola pública é, hoje em dia, uma missão árdua, pois, muitas vezes, o professor desempenha funções que ultrapassam, em muito, as do ensino das matérias que leciona.
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Mas, ser professor no Agrupamento de Escolas António Sérgio, em Vila Nova, é ainda muito mais do que isso, pois há que ter a capacidade de se adaptar à heterogeneidade da massa humana dos alunos que o frequenta, ajudando-os, apoiando-os, estando ao lado deles, incondicionalmente, não fazendo uma seleção com base na classe social ou profissão dos respetivos encarregados de Educação ou com base nas notas, não julgando, abdicando dos seus intervalos, dialogando, socializando para que a escola seja a família que muitos não têm. A escola pública, e esta em particular, é tão solidária que, por vezes, orienta pais e filhos em simultâneo, criando autênticas correntes humanas para que os alunos consigam atingir os seus objetivos.
O Agrupamento de Escolas António Sérgio tem cerca de 2700 alunos, 251 professores e 83 auxiliares de educação. É composto por cinco escolas EB1 com Pré-Escolar (Quinta das Chãs, Marco, Praia, Pedras, Prof. Dr. Marques dos Santos). Tem ainda uma escola EB 2/3 (Santa Marinha) e uma escola Secundária (António Sérgio).
A oferta formativa é variada: ensino Básico e Secundário regular (artes visuais, ciências e tecnologias, ciências socioeconómicas, línguas e humanidades); ensino Profissional (técnico de multimédia, de receção, de apoio à infância, de gestão e programação de sistemas informáticos). Tem ainda ensino Secundário Recorrente (ciências e tecnologias e línguas e humanidades) e um Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP).
Trata-se de um mega-agrupamento cuja palavra-chave é humanização. E isso passa pela equipa que a lidera. A diretora, a doutora Marília Raro, apoiada por outros elementos da direção / coordenação e assessoria, está sempre atenta e procura criar todas as condições necessárias para que haja sucesso educativo, a todos os níveis, nomeadamente nos exames nacionais.
Existe um fio condutor que procura unificar as escolas do agrupamento, no sentido de globalizar as estratégias de ensino e aprendizagem, pois ensinar com coração é o segredo de uma caixa partilhada por todos estes professores, que estão sempre atentos a todas as necessidades dos seus alunos, tanto no que diz respeito a aspetos educacionais como a nível económico e até emocional, seguindo a orientações da direção.
Outra forma de os conquistar é a arte, o arco-íris que faz milagres na educação.
Assim, por exemplo, a Orquestra Juvenil de Gaia regressará à escola EB 2/3 de Santa Marinha, em setembro do próximo ano letivo. Além disso, a escola desenvolverá um projeto antigo onde integrará a dança, a música, o teatro e a multimédia no seu currículo. Existe, efetivamente, um esforço monumental para que a escola seja um local aprazível, para que na escola se aprenda também a SER.
Esta direção e estes professores têm um sonho: fazer com que os alunos os olhem com admiração, os respeitem, desejem ouvir o que eles têm para lhes dizer. Esperam que os seus alunos sejam os primeiros a correrem para a sala, tenham dúvidas, mas, acima de tudo, estes professores esperam, um dia, poderem dizer-lhes que valeu a pena terem lutado juntos, porque o futuro vale sempre a pena.
* Professora de Português e formadora para a área da língua portuguesa
jn.acordoortografico@gmail.com