Feira do Livro de Lisboa quer chegar pela primeira vez a um milhão de visitantes
Presidente da República inaugura 94.ª edição da Feira e faz desejos de que bata o seu recorde de afluência. Marcelo Rebelo de Sousa prometeu voltar "pelo menos mais três vezes".
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O Presidente da República espera que a Feira do Livro de Lisboa, que já foi inaugurada e se manterá aberta até ao dia 16 de junho, no Parque Eduardo VII, alcance nesta edição um milhão de visitantes. Será o número maior de sempre: no ano passado recebeu perto de 900 mil pessoas.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem na sessão de inauguração da 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que em seguida visitou, até depois das 22 horas desta quarta-feira, prometendo voltar pelo menos mais três vezes para percorrer o resto do recinto.
"Se na Feira do Livro, como nas eleições, por exemplo europeias, é arriscado avançar com números, objetivos, previsões, é também irresistível. Até porque aos 900 mil visitantes de 2023 se segue um patamar simbólico pesadíssimo, um número redondo muito impressionante, mas, penso eu, não impossível", disse Marcelo.
"Esta Feira de Livro merece um milhão de visitantes", acrescentou depois.
É devoção, não é obrigação
Para o chefe de Estado, marcar presença na Feira do Livro de Lisboa "é mais devoção do que obrigação" e a perspetiva que tem em relação a este evento é "mais confiante do que desesperançada".
"São os mais novos dos mais novos, enquadrando os pais e os avós, que transmitem uma sensação otimista de interesse e de entusiasmo pelo livro", considerou.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as dificuldades que a pandemia de covid-19 representou para a Feira do Livro de Lisboa e todo o setor livreiro.
"Mas até disso se refez, até a isso sobreviveu, longe dos cenários mais catastrofistas que antecipavam, entre outras consequências gravosas, o fim da atividade de muitas editoras", referiu.
Há 860 marcas presentes
A Feira abre ao meio-dia durante a semana, e às 10 horas nos fins de semana e feriados. O horário de encerramento mantém-se às 22 horas, com exceção dos sábados, sextas-feiras e vésperas de feriado, em que fecha às 23 horas.
O Presidente da República elogiou a nova direção da APEL, "jovem, dinâmica e direta ao assunto", presidida por Pedro Sobral, e o "dinamismo e arrojo" do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que também discursaram nesta sessão de inauguração, assim como a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.
Na sua opinião, do atual Ministério da Cultura pode-se esperar "ideias claras e vontade política, muita vontade" e "muita determinação".
A 94.ª Feira do Livro de Lisboa tem 350 pavilhões, 140 participantes e 960 marcas editoriais, e "uma novidade muito bem vinda" nesta edição, como salientou Marcelo: "Um bengaleiro onde podemos não apenas guardar casacos como compras, pelo menos aqueles mais distraídos que ainda não optaram por um utilíssimo carrinho de mão".