Artistas portugueses em destaque na 19ª edição do Festival para Gente Sentada, que acontece entre esta sexta e sábado em Braga. "Gostamos de estar perto do que está a acontecer", frisa o diretor artístico do Theatro Circo.
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João Santos é CAIO e, nesta sexta, ao final da tarde, pelas 18 horas, sobe ao palco do pequeno auditório do Theatro Circo para abrir o Festival para Gente Sentada. As melodias do artista lisboeta servirão de aquecimento para uma noite em que há, ainda, Helado Negro e Ghostly Kisses para ouvir na sala principal. Sábado, só a banda Villagers chega de fora. Os portugueses Valter Lobo e Sean Riley com The Legendary Tigerman completam o cartaz deste segundo e último dia.
À 19ª edição, o festival "continua indie, diferente e com uma aposta nos nomes portugueses", refere Paulo Brandão, diretor artístico do Theatro Circo, que recebe o evento produzido pela Ritmos. "O que pedimos foi que o cartaz fosse apelativo, a pensar na restante programação [do teatro]. Gostamos de estar perto do que está a acontecer, de mostrar a novidade", acrescenta o responsável.
É com esse espírito que o pequeno auditório vai receber CAIO e Valter Lobo, num ambiente praticamente acústico. Vão dar a conhecer-se a "um outro público" e, para o ano, voltam para apresentar espetáculos na sala principal do Theatro Circo, promete Paulo Brandão. "Percebemos que são músicos que vieram para ficar, que têm uma assinatura e público", justifica o programador.
Ainda a olhar para a cena musical portuguesa, o festival chamou Sean Riley e The Legendary Tigerman para mostrar o resultado da viagem que fizeram ao sul de Espanha, em plena pandemia, e que resultou no disco "Andaluzia".
Ironicamente, a pandemia impediu que a cantautora canadiana Margaux Sauvé, a voz de Ghostly Kisses, se apresentasse em Braga mais cedo, mas, agora, "foi resgatada para o festival", afirma Paulo Brandão. "Já não há muitas bandas originais, a fazer algo mais gótico e muito bem construído", elogia.
Os Villagers - banda de folk irlandesa - prometem um espetáculo intimista com "Fever Dreams", enquanto Roberto Carlo Lange, ou melhor, Helado Negro, traz as influências latinas para a música eletrónica, através do álbum "Far In". "É muito bom tê-los cá", regozija-se o diretor artístico.
Os bilhetes diários para o festival custam 20 euros. O cartão Quadrilátero dá acesso a 50% de desconto.