O jornalista Joaquim Furtado é o vencedor do Prémio Igrejas Caeiro 2019, anunciou, esta terça-feira, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), que instituiu o galardão em 2013.
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"A SPA decidiu atribuir o Prémio Igrejas Caeiro de 2019 ao jornalista, autor e comunicador radiofónico e também ex-diretor de programação da RTP nos anos 1990, Joaquim Furtado", lê-se no comunicado hoje divulgado.
A SPA realça que Joaquim Furtado, de 70 anos, foi o autor da "excelente série [televisiva] documental 'A Guerra', repartida por duas séries de nove episódios, e hoje um documento fundamental sobre aquela etapa fundamental da vida militar e política portuguesa e dos países que entretanto conquistaram a independência".
A SPA recorda que na "madrugada do dia 25 de Abril de 1974, Joaquim Furtado leu aos microfones do Rádio Clube Português o primeiro comunicado do Movimento das Forças Armada (MFA)", realçando que "o prémio é-lhe atribuído quando se comemoram os 45 anos" da revolução.
Na década de 1970, lembra a SPA, Furtado foi um dos apresentadores do programa radiofónico "Tempo Zip", e em 1975 entrou nos quadros da RTP, tendo assumido, entre outros cargos, o de diretor-coordenador de Informação e Programação, na década de 1990.
O jornalista já foi distinguido com o Grande Prémio do Jornalismo, em 1992, e o Prémio Gazeta, em 2007, pelo Clube de Jornalistas, pela série documental "A Guerra".
No cinema, deu voz à personagem Álvaro de Campos, no filme "Conversa Acabada" (1981), de João Botelho.
O Prémio Igrejas Caeiro, com o valor pecuniário de dois mil euros, distinguiu, no ano passado, José Manuel Nunes.
Desde a sua instituição, em 2013, foram distinguidos Luís Filipe Costa (2013), João Paulo Guerra (2014), Adelino Gomes (2015), António Cartaxo (2016), e António Sala (2017).
A cerimónia de entrega está prevista para o próximo dia 02 de abril na sede da SPA, em Lisboa.