O presidente da Câmara do Porto destacou, esta quarta-feira, que o festival Primavera Sound, a decorrer entre quinta e sábado, terá um "retorno fantástico" para a cidade, com "60 a 70 mil espetadores" previstos e a "hotelaria cheia"
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"Não gosto de fazer avaliações de retornos, [mas] o que posso dizer, é que quando vemos que a cidade tem a hotelaria cheia, quando vemos que isto vai encher restaurantes e vai dar trabalho a muita gente, quando vemos que num público de 60 a 70 mil espetadores, seguramente um terço ou mais serão estrangeiros, calculo que é um retorno fantástico", salientou Rui Moreira.
O autarca falava no Passeio das Virtudes, no Porto, onde esta quarta-feira decorre o "Primavera nas Virtudes", com dois concertos (Sopa de Pedra e Dead Combo) e um espetáculo de pirotecnia oferecidos à cidade, em antecipação ao festival que decorre entre os dias 5 e 7 no Parque da Cidade.
Para Rui Moreira, o Primavera Sound "é o grande acontecimento do ano, em termos de lazer, na cidade do Porto", prevendo que esta terceira edição na cidade, "vai ser uma grande festa" da qual será, oficialmente, o primeiro espetador e na qual quer ouvir Pixies, Caetano Veloso e The National.
O custo do "apoio logístico" que a Câmara do Porto vai dar está estimado em 220 mil euros, montante que corresponde ao que o promotor deixa de pagar em troca da utilização dos recursos próprios da autarquia e da empresa municipal Porto Lazer.
"À câmara custa menos de 220 mil euros. Como vamos utilizar recursos nossos fica mais barato do que isso", explicou Rui Moreira, sem no entanto especificar o montante em causa.
Ainda que essa verba represente "um esforço" para a autarquia, Moreira considera que "se justifica" perante aquilo que o festival proporciona à cidade, nomeadamente "ao seu desenvolvimento económico, à parte da cultura [e] de lazer".
"Também porque é um festival que tem grandes preocupações ambientais (...). Esse cuidado que é tido é um aspeto muito relevante", assinalou.
O envolvimento da Câmara, feito através da empresa municipal Porto Lazer, refere-se a tudo o que é "produção e promoção" do evento, por exemplo através da cedência da rede de mupis municipal para publicitar o festival, explicou à Lusa fonte da autarquia.
A mesma fonte alertou que o valor não inclui a cedência do Parque da Cidade, onde o festival se realiza entre quinta-feira e sábado, porque o maior espaço verde da cidade "não tem preço" e a autarquia "não o aluga".
"O apoio justifica-se pelo enorme retorno e pela divulgação da marca Porto dentro e fora do país. A Câmara tem o seu retorno do ponto de vista da visibilidade, já que a marca Porto vai estar nos logótipos, nos cartazes e nos anúncios de televisão", observou.
